terça-feira, setembro 26, 2006

Saudades


Saudades!
Sim... talvez...
e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer!
Para quê?...
Ah! como é vão!
Que tudo isso,
Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca

3 comentários:

Toze disse...

Ah ! E quem dera que fosse sempre assim...

Carlos Henriques disse...

Começo por pedir desculpa por não vir aqui tantas vezes como as que desejava...
Sou fã de Florbela Espanca e palavras para quê....

**beijos**

Francisco del Mundo disse...

Bela Espanca...