Sinto a tua falta...
A falta da tua voz
do teu olhar
a falta das brincadeiras que inventavamos
Sinto a falta do tempo que nos davas
Do tempo que roubavas ao teu descanso
desse tempo cheio de sorrisos
Abraços e muita gargalhada
Sinto a falta do teu cheiro
o cheiro do teu perfume
dos teus cozinhados
da tua autoridade
Sinto a tua falta Pai
Sinto a falta da tua cumplicidade
da tua amizade
da forma como me ensinaste a ver a vida
Sinto a falta da tua maneira de viver
de dar e receber
de amares e creres
nas pessoas
Sinto a falta da tua maneira de receber
o teu sorriso aberto
do teu abraço faterno
Sinto falta dos teus ultimos dias
dos segundos passados contigo
de estar de mão dada e de te sentir ir
Pai porque fostes
porque me deixaste
a vida fugiu do teu ser
mas em mim iras viver
Para todo o sempre
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2 comentários:
À dois meses atrás noutro espaço hesitei em colocar um texto de resposta a um comentario teu carregado de melancolia, pesar, saudade....agora...
«... gosto de ti, Pai.
Admiro-te. Sinto que estás comigo, mesmo que tal pareça impossível. Dizem que sou a tua cara e o teu feitio, mas eu duvido... quando muito serei uma cópia, uma réplica de segunda. Como tu nunca serei, por mais que me esforce. Mas estou bem assim, a admirar-te.
Dizem que vem aí o Dia do Pai... como se fosse possível um Pai só o ser por um dia apenas...
Mas está bem: que haja um dia especial para ti, que simbolize todos os teus dias de Pai, desde que vim ao mundo. Um dia de celebração, de permanente reencontro, em que te possa agradecer mais uma vez por ser como és. Um dia para te oferecer uma lembrança e dizer, como se fosse a primeira vez:
adoro-te, Pai!»
(K)
Obrigado por partilhares a tua dor.
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