quinta-feira, abril 27, 2006

O vazio

Sinto um vazio.. um espaço em branco que não consigo preencher, sinto que me falta algo, que as coisas se s cedem tão depressa sem tempo para respirar, mas a dor persiste como se de um fantasma se tratasse ... um fantasma que esta lá.. que eu não sei como o mandar embora... pois não o vejo, não o toco mas sinto-o ...encrostado na minha pele como um segundo eu...
Sinto que a minha alma foi roubada... que as coisas que eu imaginava não passava disso mesmo de imaginações Ilusões polvilhadas de ingenuidade e inocência... Hoje passado quase dez anos essa inocência deu lugar a uma crueldade uma maldade a uma fúria... a um desejo...
Sinto que aquilo que queria não existe... que a casa branca, o jardim com flores... não passa de uma ilusão com cheiro perfumado ...Sinto que eu não sou aquilo que devia ser... Sou a ilusão da felicidade... a ilusão de uma panóplia de predicados...
Sou cada vez mais a filha, a mãe, a esposa, a amante e cada vez menos a mulher... Sou talvez uma sobrevivente... uma recorrente de chavões de ilusões... A paixão da vida, da alegria de viver deixou de ser a constante...
A paixão não vive sobrevive...
Quero apaixonar-me de novo por mim...

3 comentários:

Anónimo disse...

«Quando não podemos ter aquilo que gostamos, temos necessariamente de gostar daquilo que temos.»

K. disse...

O flibusteiro tem toda a razão.

Anónimo disse...

Obrigado por nos mostrares o teu vazio... infelizmente, este só tu o podes preencher, mas nós estamos cá pra ajudar